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quarta-feira, 5 de junho de 2013

CPI NÃO É APROVADA EM IELMO MARINHO

Os vereadores de oposição do município de Ielmo Marinho tentaram, no início dessa semana, aprovar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar supostas irregularidades na administração do prefeito Bruno Patriota (PSD). A tentativa, no entanto, foi frustrada. O vereador propositor da CPI, Tarcísio Júnior (PR), utilizou de meios ilegais para apresentar a denúncia e o presidente da Câmara, vereador José Roberto (PTB), apresentou uma decisão contrária à criação da CPI.

Ainda inconformado com o resultado das últimas eleições em Ielmo Marinho, que elegeram o prefeito Bruno Patriota, o vereador Tarcísio Júnior apresentou na última quarta-feira, dia 29 de maio, uma denúncia contra o gestor. Na ocasião, o edil solicitou a instauração da CPI. Porém, o pedido não foi votado. Mesmo assim, o parlamentar utilizou veículos de comunicação do Estado para espalhar a falsa notícia de que a Comissão havia sido aprovada e, inclusive, os membros da mesma já haviam sido escolhidos. A manobra tentou confundir a população de Ielmo Marinho, numa demonstração clara de tentativa de imposição de sua vontade própria.

Na segunda-feira, dia 3 de junho, foi aberta uma sessão extraordinária na Câmara de Ielmo Marinho para então votar o pedido de abertura da CPI. De acordo com a Lei Orgânica do Município, para a Comissão ser aprovada, é necessário pelo menos dois terços de votos a favor - seis vereadores de um total de nove. Dos nove parlamentares da Casa, seis votaram a favor, foram eles: Josemi Ezequiel (PSD), Leto (PT), Francisca Soares - Peba (PR), Júnior do Mercadinho (PR), Bastinho (PTB) e o próprio Tarcísio Júnior. Votaram contra, os seguintes parlamentares: José Roberto, Ionaldo de Souza (PSD) e Roberto Carlos (PDT).

A denúncia das supostas irregularidades contra o prefeito Bruno Patriota foi oferecida à Câmara pela servidora pública Ana Késia Ferreira Guedes, entretanto, o documento apresentado foi produzido e entregue à Câmara pelo vereador Tarcísio Júnior. Fato comprovado na sessão do dia 29, quando o edil chegou à Câmara tendo nas mãos a documentação e, posteriormente, colhendo a assinatura da "denunciante". Essa movimentação foi realizada à vista de todos os presentes.

De acordo com a Lei Orgânica do Município, o vereador que apresenta o pedido de CPI não pode votar na decisão para abertura da mesma. Sendo assim, o presidente da Câmara vetou o voto de Tarcísio Júnior e, por consequência, a CPI não foi aprovada. "Fizemos valer o que diz a Lei. Não podemos administrar baseado no capricho de alguns vereadores que se acham acima dos demais", comentou José Roberto.

Ao fim da sessão, numa clara demonstração de desrespeito às normas do Poder Legislativo do Município, o vereador Tarcísio Júnior perdeu a compostura. Bastante nervoso, o parlamentar agrediu o presidente da Câmara com palavras de baixo calão.


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