Os vereadores de oposição do
município de Ielmo Marinho tentaram, no início dessa semana, aprovar uma
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar supostas
irregularidades na administração do prefeito Bruno Patriota (PSD). A tentativa,
no entanto, foi frustrada. O vereador propositor da CPI, Tarcísio Júnior (PR),
utilizou de meios ilegais para apresentar a denúncia e o presidente da Câmara,
vereador José Roberto (PTB), apresentou uma decisão contrária à criação da CPI.
Ainda inconformado com o resultado
das últimas eleições em Ielmo Marinho, que elegeram o prefeito Bruno Patriota,
o vereador Tarcísio Júnior apresentou na última quarta-feira, dia 29 de maio,
uma denúncia contra o gestor. Na ocasião, o edil solicitou a instauração da CPI.
Porém, o pedido não foi votado. Mesmo assim, o parlamentar utilizou veículos de
comunicação do Estado para espalhar a falsa notícia de que a Comissão havia
sido aprovada e, inclusive, os membros da mesma já haviam sido escolhidos. A
manobra tentou confundir a população de Ielmo Marinho, numa demonstração clara
de tentativa de imposição de sua vontade própria.
Na segunda-feira, dia 3 de junho, foi
aberta uma sessão extraordinária na Câmara de Ielmo Marinho para então votar o
pedido de abertura da CPI. De acordo com a Lei Orgânica do Município, para a
Comissão ser aprovada, é necessário pelo menos dois terços de votos a favor -
seis vereadores de um total de nove. Dos nove parlamentares da Casa, seis
votaram a favor, foram eles: Josemi Ezequiel (PSD), Leto (PT), Francisca Soares
- Peba (PR), Júnior do Mercadinho (PR), Bastinho (PTB) e o próprio Tarcísio
Júnior. Votaram contra, os seguintes parlamentares: José Roberto, Ionaldo de
Souza (PSD) e Roberto Carlos (PDT).
A denúncia das supostas
irregularidades contra o prefeito Bruno Patriota foi oferecida à Câmara pela
servidora pública Ana Késia Ferreira Guedes, entretanto, o documento
apresentado foi produzido e entregue à Câmara pelo vereador Tarcísio Júnior.
Fato comprovado na sessão do dia 29, quando o edil chegou à Câmara tendo nas
mãos a documentação e, posteriormente, colhendo a assinatura da
"denunciante". Essa movimentação foi realizada à vista de todos os
presentes.
De acordo com a Lei Orgânica do
Município, o vereador que apresenta o pedido de CPI não pode votar na decisão
para abertura da mesma. Sendo assim, o presidente da Câmara vetou o voto de
Tarcísio Júnior e, por consequência, a CPI não foi aprovada. "Fizemos
valer o que diz a Lei. Não podemos administrar baseado no capricho de alguns
vereadores que se acham acima dos demais", comentou José Roberto.
Ao fim da sessão, numa clara
demonstração de desrespeito às normas do Poder Legislativo do Município, o
vereador Tarcísio Júnior perdeu a compostura. Bastante nervoso, o parlamentar
agrediu o presidente da Câmara com palavras de baixo calão.
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