O
Congresso conseguiu derrubar nesta quarta-feira (18) o veto da presidente Dilma
Rousseff à proposta de retomar o voto impresso nas eleições. A mudança na
legislação eleitoral foi defendida, principalmente, pelos partidos de oposição
que questionaram a legitimidade do resultado das eleições presidenciais de
2014.
Segundo
o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o impacto da nova regra será de cerca de
R$ 1,8 bilhão nas próximas eleições. A medida levará à necessidade de impressão
de cerca de 220 milhões de comprovantes, levando-se em conta o comparecimento
nas eleições de 2014 e os dois turnos de votação.
A
proposta estabelece que, assegurado o sigilo, o voto impresso será depositado
de forma automática em uma urna lacrada após a confirmação do eleitor de que o
papel corresponde às suas escolhas na urna eletrônica.
Na
Câmara, o veto foi derrubado por ampla maioria. Foram 368 votos favoráveis à
derrubada do veto e 50 contrários, com apenas uma abstenção. Já no Senado, o
placar foi de 56 votos pela derrubada e apenas cinco contrários. O texto vai à
promulgação do Congresso Nacional, que comunica a Presidência sobre a decisão.
A
votação no Senado se arrastou por mais de uma hora porque os senadores da
oposição estavam inseguros em relação a um quorum que pudesse garantir a
derrubada do veto. Os senadores, então, fecharam um acordo com o presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para que a votação fosse realizada até que
65 senadores tivessem votado. Neste período, alguns deputados e senadores
tentaram suspender a sessão.
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